28 outubro 2013

Dermatofitose em Cães e Gatos


Dermatofitoses são micoses superficiais que acometem os animais domésticos como cães, gatos, coelhos, equinos, ruminantes e mais uma variedade de animais. São causadas por fungos chamados dermatófitos,  que são fungos queratinofílicos, que possuem afinidade com a queratina presente nos pêlos, unha, e no estrato córneo da pele, infectando estes tecidos. Microsporum canis, Microsporum gypseum e Tricophyton mentagrophytes são os fungos dermatófitos responsáveis pela dermatofitose em cães e gatos.  Trata-se de uma doença infecciosa, transmissível entre os animais e também uma zoonose, ou seja, que tem o potencial de ser transmitida ao homem.



É uma doença de pele de ocorrência comum, afetando principalmente cães e gatos jovens, mas pode ocorrer em qualquer fase da vida. Algumas raças de cães e de gatos são mais predispostas a infecção por estes fungos, como cães da raça Yorkshire Terrie, Jack Russel Terrier e felinos da raça Persa. Animais imunocomprometidos também são mais propensos a apresentar dermatofitose.

As lesões provocadas por este fungo podem ter distribuição localizada, multifocal ou generalizada, e se apresentam como falhas de pêlos geralmente circulares, policíclicas, podendo assumir contornos irregulares e difusos. Além da falha de pêlos, também estão presentes escamas, crostas, eritema, e pápulas. Os animais podem apresentar prurido de intensidade variável. Quando as unhas são acometidas, estas podem se apresentar deformadas e quebradiças. Felinos podem apresentar um padrão de lesão chamado dermatite miliar, onde lesões papulares puntiformes e crostosas podem ser observadas por todo o corpo, principalmente próximo a região cervical.




Granulomas dermatofíticos ou pseudomicetomas são formas incomuns de dermatofitose, na qual os fungos colonizam a derme e hipoderme, formando nódulos subcutâneos firmes que podem ulcerar e drenar exsudato purulento.  Outra forma de manifestação atípica da dermatofitose são os kérions, nódulos alopécicos, eritematosos e  exsudativos na pele.

Portadores assintomáticos, ou seja, animais que apresentam o fungo na pele e pelame, sem contudo apresentar lesões de pele, podem ocorrer principalmente em gatos de pêlo longo, que podem servir como fonte de disseminação do fungo no ambiente e para outros animais.

O diagnóstico da dermatofitose pode ser realizado através da inspeção das lesões de pele pela lâmpada de Wood, pelo raspado de pele e principalmente, pela cultura fúngica, que é o exame mais confiável  e apropriado para o diagnóstico desta dermatopatia.


O tratamento é realizado com o uso de antifúngicos via oral, associado à terapia tópica, como: pomadas, shampoos, condicionadores. O tratamento é individualizado a cada caso de acordo com a manifestação clínica de cada paciente, e deve ser realizado até que se obtenha uma cultura fúngica negativa para evitar recidivas da doença.

O ambiente em que animal vive também demanda cuidados, pois esporos dos fungos podem se desprender do pelame do animal e contaminar o ambiente. Hipoclorito de sódio pode ser utilizado para desinfecção do ambiente. Roupinhas, caminhas, escovas, caixas de transporte também devem ser higienizados semanalmente até a cura do animal.


Com o tratamento correto e o controle apropriado do ambiente os animais se recuperam completamente, entretanto, esta doença pode se tornar um problema, com altos índices de recidivas em canis e gatis, onde o número de animais é geralmente grande e onde o contato entre eles é estreito.

                                               Antes



Depois do tratamento


                                                                              Antes


                                                                   Depois do tratamento


Seis provas de que ter bichos de estimação faz bem à saúde


Estudos científicos vêm descobrindo que conviver com animais causa diferentes efeitos positivos - seja em bebês, grávidas ou até pessoas com autismo

Criança com o gato
Animais de estimação: pesquisas científicas recentes reforçam que os bichos são benéficos a diversos aspectos da saúde das pessoas (Thinkstock)
A busca por uma melhor saúde pode ser um bom motivo para levar um animal de estimação para casa. Isso porque, nos últimos anos, foram publicados muitos estudos sobre os possíveis efeitos da companhia desses bichos na saúde de seus donos. E muitos desses trabalhos revelaram que ter um cão ou um gato em casa pode prevenir doenças respiratórias, melhorar a saúde de grávidas e até ajudar pessoas com autismo. Conheça seis provas de que ter um animal de estimação faz bem para a saúde das pessoas:

Bebês

O efeito: Bebês que convivem com cães e gatos, mas especialmente com cachorros que passam mais tempo dentro do que fora de suas casas, são mais saudáveis e precisam tomar menos antibióticos do que crianças que não têm contato com esses animais. 
A prova: Entre 2002 e 2005, pesquisadores da Universidade da Finlândia Oriental decidiram acompanhar 397 crianças desde seu nascimento até elas completarem um ano de vida. O objetivo era saber se cães ou gatos em casa interferem de alguma maneira na saúde dos bebês. Um ano depois, a equipe descobriu que o contato com os animais, mas principalmente com cães, está relacionado a menos casos de infecções respiratórias em crianças e também a uma menor necessidade de o bebê tomar antibióticos. O maior efeito protetor foi observado entre crianças que conviviam com cães que passavam parte ou todo o tempo no interior das casas.

Mulheres grávidas

O efeito: Gestantes que têm um cachorro de estimação são mais propensas a atingir os níveis de atividade física recomendados para elas. Consequentemente, elas chegam mais perto do que as outras gestantes de ter uma gravidez saudável, evitando problemas relacionados ao excesso de peso.
A prova: Certa vez, cientistas da Universidade de Liverpool, Inglaterra, resolveram estudar os fatores que levam as gestantes a praticarem atividade física. Para isso, a equipe se baseou nos dados de mais de 11.000 mulheres que estavam na 18ª ou na 32ª semana de gravidez e levou em consideração uma série de informações sobre elas, como peso, altura, quanto tempo de lazer usufruíam por dia e se tinham algum animal de estimação. A conclusão da análise revelou que as mulheres que tinham um cachorro apresentavam uma chance 50% maior de atingir a recomendação de 30 minutos de caminhada rápida ao dia. O estudo também descobriu que um simples passeio com o cão apenas uma vez por semana gera efeitos positivos na saúde da mulher grávida.

Pessoas com autismo

O efeito: A chegada de um animal de estimação na casa de uma pessoa autista faz com que ela passe a ter um melhor relacionamento com outras pessoas. 
A prova: Especialistas do Hospital de Brest, na França, acostumados a atender crianças e adultos com autismo, resolveram fazer um estudo para descobrir de que forma um animal de estimação pode impactar o comportamento desses pacientes. Depois de avaliarem 260 autistas – tanto adultos quanto crianças —, os pesquisadores concluíram que as pessoas com a síndrome que passam a a ter algum animal de estimação a partir dos 5 anos de idade apresentaram melhora em alguns aspectos específicos do comportamento social: elas se sentiam mais confortáveis e se mostravam mais solidárias quando se relacionavam com outras pessoas do que pacientes que nunca tiveram um animal. O efeito, embora tenha ocorrido, não foi tão forte nos casos em que o indivíduo conviveu com animais desde que nasceu.

Trabalhadores estressados

O efeito: Em empresas que permitem que os funcionários levem seus animais para o trabalho, há menos stress entre os trabalhadores.
A prova: Pesquisadores avaliaram, durante uma semana, o comportamento de funcionários de uma empresa americana chamada Replacements, Ltd., localizada na cidade de Greensboro, na Carolina do Norte. Durante essa semana, os funcionários, se assim desejassem, poderiam levar seus cães ao trabalho. De acordo com os resultados da avaliação, os funcionários que levaram seus cães para o trabalho pareceram sofrer menos stress durante o dia do que os que não levaram os animais para a empresa ou que não possuíam animais de estimação. Além disso, os mesmos funcionários se mostraram muito mais estressados nos dias em que deixaram seus cães em casa do que nos dias em que os levaram. 

Tímidos

O efeito: Ter um cão de estimação por perto torna as pessoas a serem mais sociáveis e pode ajudar a diminuir a timidez de certos indivíduos.
A prova: Um estudo feito na Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, analisou em dois momentos o comportamento de pessoas durante o dia. Em um dia, os participantes saíram e realizaram suas tarefas diárias sem a companhia de um cão e, no outro dia, saíram acompanhados do animal. Os pesquisadores observaram que estar com um cachorro aumenta a frequência com que as pessoas interagem com outras, especialmente com indivíduos desconhecidos. 

Bem estar

O efeito: Ter um animal de estimação, em comparação com não ter nenhum, melhora diversos aspectos do bem estar físico e mental do dono, como a sua condição física e a auto estima.
A prova: Pesquisadores das universidades de Miami e de Saint Louis, nos Estados Unidos, aplicaram um questionário em 217 adultos de 31 anos, em média, sobre personalidade, estilo de vida e bem estar. Segundo os autores, pessoas que tinham animais de estimação relataram ser mais felizes e saudáveis do que os que não tinham. Elas também mostraram ter uma auto estima maior, tendiam a ser menos solitárias e mais extrovertidas, além de apresentar melhores condições físicas.

 FONTE: REVISTA VEJA. ACESSO 28/10/2013 18:05
Para reportagem completa acesse:

23 outubro 2013

RECÉM-NASCIDOS QUE CONVIVEM COM CACHORROS ADOECEM MENOS


Foto: Divulgação/Internet
Uma das preocupações de todas as mamães é o contato de bebês com nossos animais domésticos. Muitos evitam que os bebês recém-nascidos fiquem perto de cães e/ou gatos, mas isso não é um problema.
Um estudo realizado pelo Hospital Universitário Kuopio, na Finlândia, revelou que os cachorros podem beneficiar muito os bebês, aumentando a imunidade das crianças contra problemas respiratórios e infecções. A pesquisa, realizada com 397 crianças nascidas no hospital entre setembro de 2002 e maio de 2005 durante seus primeiros anos de vida.
Constatou-se que os bebês que tinham contato cachorros ou gatos tiveram menos infecções no ouvido, entupimento de nariz e tosse. E também precisaram de menos antibióticos. A razão para isso é que os cães, com sua pelagem, levam alguns germes e bactérias para dentro de casa, amadurecendo mais rapidamente o sistema imunológico e aumentando o sistema de defesa das crianças.
Crianças sem contato cachorro em casa eram saudáveis em 65% do tempo em comparação com 76% daquelas que tinham um animal de estimação. Bebês que convivem com cães tinham 44% menos chances de ter infecções de ouvido e 29% menos necessidade de usar antibióticos.
Crianças que passam de 0 a 6 horas diariamente com um cachorro têm menos chances de ficarem doentes.
Está provado, nossos amigos peludos não fazem bem somente aos nosso corações, eles nos deixam mais saudáveis, emocional e fisicamente.
Com informações de Bem Estar
Fonte: ANDA - Agência de Notícias de Direitos dos Animais
http://www.anda.jor.br/22/11/2012/recem-nascidos-que-convivem-com-cachorros-adoecem-menos   em 22 de novembro de 2012 as 9:00h

RECOMENDAÇÕES PARA ANIMAIS COM DERMATITE ATÓPICA (ALERGIA AMBIENTAL)


A dermatite atópica, é uma doença de ordem genética, que provoca inflamação na pele e coçeira constante, de variados graus de intensidade. Este tipo de alergia é geralmente é causada pelas mesmas substâncias que causam rinite/bronquite alérgica no homem. Estas substâncias compreendem ácaros da poeira doméstica, bolores e fungos do ambiente, epitélios de insetos e de animais, poléns, gramíneas, que praticamente são impossíveis de serem eliminados do ambiente. Além destes fatores, produtos de limpeza, materiais de construção, perfumes, tecidos como lã também podem contribuir para este tipo de alergia.

Assim, é importante lembrar que o tratamento da alergia ambiental visa o controle da doença, melhorando a qualidade de vida do animal e amenizando os sintomas da alergia.  Além do tratamento com medicamentos e ou vacinas (imunoterapia), é fundamental que sejam observadas algumas recomendações que visam a diminuição da exposição do animal a fatores ambientais normalmente associados com  alergia.

Segue abaixo algumas recomendações que podem contribuir para o controle da alergia:

1       1. Evite ao máximo à exposição a grama, principalmente grama molhad
         2. Evite muitas plantas dentro de casa
         3. Evite tapetes, cortinas, carpetes, muitas almofadas dentro de casa
         4. Evite o uso de roupinhas de lã, soft, tricô no animal,  de preferência para tecidos de 
             malha, algodão
         5.  Evite uso de cobertores, mantas para o animal
         6.  Evite brinquedos de pelúcia
         7. Se possível utilize travesseiros hipoalergênicos como caminha do animal, ou caminhas 
             com material  fáceis de serem lavadas periodicamente
         8.  Para higienização da casa de preferência para o uso de aspiradores de pó e ou aparelhos 
             com vapor 2 vezes na semana ou  utilização de pano úmido
         9. Aparelhos de vapor e até mesmo aspiradores de pó, podem ser utilizados para auxiliar na higienização de tapetes, cortinas, carpetes que eventualmente não possam ser removidos
         10. Armazene a ração em local seco, em abrigo do sol e calor e umidade, mantenha sempre o pacote de ração bem fechado
          11. Utilize preventivo contra pulgas e carrapatos mensalmente ou a critério do seu médico veterinário
          12. Evite fornecer ao seu petiscos industrializados, principalmente os que apresentam muito corantes e palatabilizantes
          13. Lave as roupinhas, caminhas, cobertores do animal semanalmente, se possível utilize água quente como última água de enxague. Em caso de uso de amaciantes,  realize duplo enxague 
          14. Evite uso de perfumes no animal, para o banho, utilize shampoo neutros, hipoalergênicos de acordo com a recomendação de seu médico veterinário.
          15. Evite o uso de produtos de limpeza com muito perfume, de preferência, após usar produto de limpeza, passe um pano somente com água para remover o excesso e cheiro do produto.