28 janeiro 2013

Cuidando da pele do seu animal - Banhos e Demais cuidados



Neste post vamos dar algumas dicas para ajudar a manter a pele do seu animal sempre saudável:

1. Controlando pulgas e carrapatos:

Pulgas e carrapatos além de serem transmissores de doenças, causam coçeira, desconforto e desequilíbrio na pele do animal, favorecendo o aparecimento de lesões de pele, por isso, utilize mensalmente, produtos veterinários específicos para este fim. Converse com seu Veterinário qual o produto e a frequência de aplicação mais indicado para seu pet.

 2. Banhos

ü Frequência:
     Não existe uma frequência ideal de banhos pré-estabelecida, mas em geral, não se recomenda mais que um banho por semana com fins de higienização. Ou seja, o banho pode ser dado uma vez por mês, a cada quinze dias, mas nunca mais que uma vez por semana, com exceção nos casos de tratamento, sob recomendação do Médico Veterinário.
    
 ü Produtos:
     Devem ser utilizados somente sabonetes, shampoos, condicionadores de uso veterinário, de preferência de boas marcas. Os produtos neutros, hipoalergênicos são os mais recomendados. Não utilizar : sabão de coco, sabão em pedra, anil.  Produtos que contenham medicamentos somente devem ser usados sob indicação veterinária, para tratamento de doenças de pele.

 ü Cuidados na hora do banho:
  • Deve-se tomar cuidado com os olhos, orelhas, vulva, pênis, ânus e boca, pois são áreas mais sensíveis e facilmente irritáveis. 
  • Esfregue o pêlame do animal sempre no sentido do crescimento dos pêlos, ou seja, da cabeça em direção a cauda, pois alguns cães, principalmente os de pêlo curto, podem apresentar foliculite pós-banho, caso este sentido não seja respeitado. Esfregue o animal somente com as pontas dos dedos com movimentos delicados, nunca com as unhas ou com escovas agressivas.
  • Temperatura: a temperatura da água e do secador devem ser mornos a frios. Água quente e jatos de ar quentes podem irritar a pele. Adequar o temperatura da água, secador e local do banho de acordo com as condições climáticas, por exemplo: em dias quente e ensolarados, pode-se dar banho com água mais fria, no quintal e deixar animal secar ao sol, em dias com temperaturas mais amenas, dar banho em locais fechados, com água e temperatura do secador morno.
  3. Escovação: 
    A  escovação em geral, não se faz muito necessária. A escovação deve ser realizada no sentido do crescimento dos pêlos, com movimentos delicados, evitando-se contato próximo com a pele, e sim somente com os pêlos. Devem-se evitar escovas com cerdas de arame, preferindo as de cerdas de plástico, menos agressivas. A frequência não deve exceder uma vez por semana.

     4. Roupinhas e acessórios:
     Não utilizar roupinhas, lacinhos, fitinhas, gravatinhas, coleiras muito apertadas, pois podem levar a dermatites. Cuidado também com o uso excessivo de roupinhas, principalmente em dias mais quentes, lembre-se que uma das funções do pelame do animal é o controle de temperatura corpórea, o animal por si só, já é capaz de controlar sua temperatura.  

    5. Cuidados com as orelhas:
  •  Durante o banho, coloque chumaço de algodão hidrofóbico protegendo a orelha do animal, a fim de impedir a entrada de água na orelha, que pode levar a otite. Use um chumaço de algodão grande o suficiente para ser retirado com facilidade, sem que haja risco de ficar retido no interior da orelha. Não esqueça de removê-lo após o banho.
  •  Não arranque os pêlos da entrada da orelha, este      procedimento só deve ser realizado em situações específicas, segundo o julgamento do Médico Veterinário.
  • Não aplique na orelha do animal nenhum produto que não   seja de uso veterinário. Pergunte ao seu Médico Veterinário sobre a necessidade, qual produto e  frequência mais apropriada para o  uso de higienizadores de orelha para seu animal.



Alergias - Quando o cão não para de se coçar...

Uma das principais causas de coçeira nos cães e nos gatos são os processos alérgicos, que são responsáveis por mais de 70% do atendimento dermatológico.

Além dos processos alérgicos outras doenças de pele podem desencadear coçeira, como aquelas causadas por fungos, bactérias e parasitas, e por isso, estas sempre devem ser investigadas e eliminadas antes que o diagnóstico de alergia seja estabelecido.

Nos cães e gatos, os processos alérgicos podem ser desencadeados por insetos, principalmente pulgas e carrapatos (dermatite alérgica à picada de  insetos - DAPP ou DAPE), por alimentos ( alergia alimentar) e, finalmente, por fatores presentes no ambiente,  como: ácaros da poeira doméstica, bolores e fungos do ambiente,  descamação do epitélio de insetos, de animais, pólen, gramíneas, produtos de limpeza, perfumes, sendo esta última causa de alergia também conhecida como atopia ou dermatite atópica.
          O principal sintoma que os cães alérgicos apresentam é a coçeira, geralmente de intensidade moderada a grave, e de forma constante. Esta coçeira pode se manifestar através de mordiscamento da pele e pêlos, lambedura das patas, roçamento em móveis e paredes, e o ato de coçar com as patas. Os animais se coçam agredindo e provocando lesão na pele, que se torna então favorável a infecções por fungos e bactérias, que geralmente acompanham os quadros alérgicos. Isso faz com que todos os animais alérgicos apresentem lesões na pele muito semelhantes, mesmo que a causa da alergia seja diferente, fazendo com que o diagnóstico de alergia seja difícil e desafiador.
           Infelizmente, não existe um teste alérgico seguro que seja capaz de diferenciar qual tipo de alergia o animal apresenta, se: alergia à picada de insetos, alergia alimentar ou atopia (alergia ambiental).
          Sendo assim, o diagnóstico das alergias em cães e gatos é baseado no histórico clínico detalhado, no exame físico, e na eliminação de um tipo de alergia por vez, iniciando primeiramente pela investigação da alergia à picada de insetos, seguido da investigação de alergia alimentar e finalmente a alergia ambiental. O diagnóstico correto de qual tipo de alergia o animal apresenta  é feito então por etapa, por exclusão, o que demanda um boa dose de tempo e paciência, fazendo com que a colaboração do proprietário neste processo de investigação das alergias  seja fundamental.

            A investigação das causas alérgicas em cães e gatos pode ser resumidas em três etapas:

 ü  Etapa 1: Investigação de alergia à picada de insetos (DAPP)

 ü  Etapa 2: Investigação de alergia alimentar

 ü  Etapa 3:  Estabelecimento do diagnóstico de alergia ambiental (Atopia)

Os teste alérgicos, somente tem valor naqueles  animais  que foram diagnosticados com alergia ambiental ou atopia, ou seja, naqueles em que a  alergia a picada de insetos e a alimentos já foi descartada.  Nos animais com atopia, os testes alérgicos são empregados com a finalidade de se identificar quais fatores do ambiente (ácaros da poeira doméstica, bolores, gramíneas) são importantes para o quadro de alergia, e a partir do resultado destes testes, podem-se adotar medidas que minimizem a exposição a estes fatores ou então a confecção de vacinas visando o tratamento da alergia.

    Como todo processo alérgico, o tratamento das alergias visa o controle da doença e não a cura, a alergia à picada de insetos e a alergia alimentar são mais fáceis de serem tratadas, visto que o controle de insetos e a mudança da alimentação são capazes de promover a reversão dos sintomas do animal sem que seja necessário o uso de medicamentos de forma contínua,  por isso a importância de se investigá-las primeiramente. 

              O tratamento da atopia (alergia ambiental) por sua vez, é mais complexo, pois é impossível impedir  a exposição do animal a todos os fatores presentes no ambiente capazes de desencadear o processo alérgico,  e neste caso, o animal irá precisar de tratamento contínuo, através do uso de medicamentos e/ou vacinas para controlar o quadro de alergia. 

         No entanto, com o tratamento é possível oferecer para o animal um bom controle da doença, com melhora da coçeira e das lesões de pele, melhorando muito sua qualidade de vida e seu bem estar,  bem como de seus proprietários!